Artigo de Opinião Gazeta das caldas publicado a 28/08/2020

 

Caldas da Rainha a CIDADE RAINHA

 

A 26 de Agosto de 1927 Caldas da Rainha é elevada a cidade por decreto, promulgado pelo marechal Óscar Carmona. As forças vivas da cidade foram a grande alavanca que tornou possível esta realidade.

Caldas passou por várias fases desde então, numa constante melhoria de condições e de qualidade de vida. No entanto, manteve sempre um denominador comum ao longo dos tempos: a criatividade que se “respira” e que caracteriza as suas “gentes”. Foi esta capacidade endógena que a catapultou para ser hoje uma cidade criativa da UNESCO, na categoria de “Artesanato e artes populares”.

Comemoram-se esta semana os 93 anos desta data que devem ser assinalados com a visão de futuro que se exige a quem tem responsabilidades também autárquicas. O exercício de planeamento e de execução dessa visão está bem patente nas propostas de reabilitação e regeneração urbanas da cidade que, este executivo, liderado pelo dr. Tinta Ferreira tem apresentado e que está a executar. Uma cidade tem de estar em permanente mutação, adaptando-se às novas realidades e tendências, sem perder a identidade que a caracteriza, mantendo a “traça” e preservando as tradições na sua essência.

O desenho urbano das cidades é sempre um desafio, na grande maioria por não se tratar de terreno “virgem”, torna-o mais aliciante mas condicionado ao existente. A “urbe” do presente e do futuro é “smart” , mais “friendly e resiliente. A sustentabilidade ambiental das cidades é hoje o grande desígnio, num planeta que anseia por uma permanente ação para a sua sobrevivência, ou antes, para a nossa sobrevivência enquanto espécie.

Caldas da Rainha caminha neste sentido e estou certo que em 2027 será um concelho diferente mas igual a si mesmo, onde a perseverança e a vontade das suas “gentes” continuará a projetar esta cidade como a “Rainha de Portugal”.

Tendo em conta que o concelho das Caldas da Rainha tem 16 freguesias das quais 7 estão agregadas em três uniões de freguesias, o que perfaz um desenho administrativo de 12 autarquias de freguesia, que deve ser vivido como um todo, julgo que seria pertinente que nos 7 anos que nos restam até às comemorações do centenário da elevação, as comemorações fossem, anualmente nesse espaço temporal, repartidas por todas as freguesias do concelho, culminando com uma grande festa do centenário em 2027 na cidade.

 

Hugo Oliveira

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