A queda de mais um ditador faz nos reflectir

Com a queda de mais um regime ditatorial,numa altura tão conturbada dos regimes democráticos movidos pelos sistemas financeiros, urge reflectir.
Quero desde já e em primeiro lugar, salvaguardar a minha opinião que passa pela defesa incondicional pela manutenção da democracia. Digo isto porque as pequenas reflexões podem deixar duvidas aos menos atentos, o que não gostava que acontecesse.

Não deixa de ser curioso que numa altura em que vão caindo ( e bem ) as restantes ditaduras que restam neste mundo, algumas pessoas que vivem há muito num regime democrático e esquecendo valores tão importantes como a Liberdade se augurem (como já ouvi) a dizer que "... em tempos passados isto não acontecia... devíamos voltar a ter alguém que nos comande como no passado... ". Ora estas expressões inferem naturalmente num erro crasso, a análise errada e perigosa do problema.
Eu diria antes que, a dicotomia encontrada nesta reflexão apenas deve servir de alerta para a necessidade de repensar o papel do sistema financeiro no regime democrático.

Não seremos vitimas de uma ditadura económica à escala mundial?

Que soluções para a manutenção da democracia tal como a conhecemos?

Que riscos corremos?

Como repensar o sistema financeiro mundial?


Pretendo com este pequeno texto despertar consciências e suscitar opiniões.

Comentários

  1. Se refletirmos um pouco é essa a conclusão - Estamos perante uma ditadura económica. A diferença é apenas o objecto que é utilizado para incutir o medo\respeito.

    A meu ver a solução passa por três elementos chave: Educação cívica, Justiça e Coragem Política. É essencial que, num momento onde os valores estão completamente trocados que se ensine os futuros adultos a ter respeito pela condição humana e que conheçam os seus direitos mas também os seus deveres. A Justiça é outro ponto chave não podemos estar a dar vantagens competitivas a empresas que não cumprem as suas obrigações, que é o que se passa em Portugal. O facilitismo é matar à nascença empresas que por cumprirem os seus deveres são completamente cilindradas por outras que através de esquemas ilegais conseguem prosperar. Para o futuro é essencial possuir uma justiça célere e activa onde todos sejam tratados por igual. Por fim o poder político deve assumir um papel activo na economia acautelando os interesses da população e trabalhando em conjunto com esta.

    Muito há para dizer sobre este assunto, foi o que me lembrei.

    Um abraço e obrigado por estas reflexões.

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  2. Uma pergunta: como é a democracia tal como a conhecemos na tua perspectiva?apenas conheço a que acabaste de descrever como sendo a que está incorrecta.na verdade penso que a verdadeira questão não passa pla definição de democracia em si e nem pla forma como é aplicada.Nós temos democracia.
    É inevitável escaparmos ao sistema financeiro.Estamos todos interligados por isso por razões óbvias, porque só juntos cresceremos mais e melhor. Penso que é o conceito de aldeia global no seu auge.o sistema financeiro infelizmente pode acaba por infligir uma certa subjugação económica sobre certos paises, no entanto isso vem na consequência de um acordo com o qual os nossos governantes concordaram. um acordo é isso mesmo: é uma parceria,tem benefícios mas como é obvio prevê sançoes para os que nao cumprem.

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  3. Relativamente a nosso país, considero que deveríamos ser consultados mais vezes relativamente às decisões que são tomadas no âmbito da economia nacional, uma vez que tudo isso nos afecta.
    Abraço

    Tânia António

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