O Mundo dos Talentos

Numa sociedade que propicia cada vez mais reality shows como eventuais caça talentos e que na verdade nao passam de entretenimento de qualidade discutível, urge encontrar espaço para premiar os verdadeiros talentos. Será premente provocar o debate sobre o incentivo à criação de infraestruturas e medidas de apoio bem como ao despoletar e apoiar do desenvolvimento dos mesmos. Assim parece me correcto afirmar que a procura incessante dos talentos está ao virar da esquina ao alcance de todos, mas que só é atingível por quem tem a capacidade de conscientemente identificar e trabalhar esse dom. Em primeiro lugar urge reflectir sobre a definição de talento A reflexão que aqui proponho parte de um pressuposto de que um talento por si só não é relevante se não existir um empenho no seu desenvolvimento, será que um talento nasce connosco? Será que um talento poderá ser induzido ? Será que um talento se manifesta? No fundo o que se pretende saber é se o talento para ser talento tem ou não de preencher certos requisitos, ou se basta estar bem patente no quotidiano do detentor do talento. Será que o talento para ser apreciado tem de ser detectado por terceiros? Se assim for então resulta de um exercício de observação, percepção e até mesmo de detecção do referido talento. A partilha de talentos é uma virtude que apraz quem aprecia o talento, mas também e essencialmente de quem usufrui do mesmo. Em suma resta me desafiar os que "bafejados" pelo "Dom" tenham a ousadia de desenvolver e projectar o talento que possuem como forma gratificante de agradecimento pelo facto e que propiciem a partilha deste com uma sociedade que embora por vezes distraída está carente e sedenta de novos talentos. Hugo Oliveira Vereador da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Director do Gabinete de Estudos e Edições do Instituto Fontes Pereira de Melo

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